Estou não conseguindo dormir quando minha cabeça compôs uma música especialmente para me irritar. É um jogralzinho, a voz principal é artifical, infantilizada, metálica e robótica. O coro parece um pouco um bando de gente burra, ou zumbis, e repete sempre.
O narrador
O narrador
Da sua vida
Da sua vida
A pesoa que conta
A pesoa que conta
A sua história
A sua história
Ou ele é
Ou ele é
Em primeira pessoa
Em primeira pessoa
Ou ele é
Ou ele é
Em terceira pessoa
Em terceira pessoa
Em outras palavras
Em outras palavras
Ele é
Ele é
Uma outra pessoa
Uma outra pessoa
Dizendo que é você
Dizendo que é você
Ou ele é
Ou ele é
Você mesmo
Você mesmo
Tentando ser alguém
Tentando ser alguém
Sério, é pior que assombranção.
lunedì, agosto 31, 2009
giovedì, agosto 13, 2009
Take me to the river. Drop me in the water.
Quando tinha uns três anos de idade, eu escorreguei pelo tobogã improvisado na piscina do Clube Náutico de Taquartitinga, bóias amarelas nos braços, com imagens de uma contente foca vermelha. Eu adorava entrar na piscina mais do que tudo, meus pais já estavam lá em baixo, as bóias me deixariam seguro.
Caí muito fundo.
Fiquei com a cabeça presa entre as pernas de uma mulher, que, assustada, se agitava e me prendia mais para baixo.
Com uns quatro, eu estava indo para o casebre que tínhamos na praia, no Sertaozinho, um loteamento pré-turístico que havia na praia de Camburi (que, naquele tempo, era incivilizada e praticamente deserta). Para chegarmos nele, precisávamos atravessar o rio por uma ponte improvisada com um tronco espesso.
A enxurrada levou o tronco.
Então pedimos para usar a ponte de tijolos da vizinha - meus pais não se davam bem com essa vizinha, por isso nunca pedíamos para usar a ponte. A ponte tinha uma porta, que trancava, para que outras pessoas não pudessem usar sem autorização.
Estava de noite, tinha mais gente conosco, não lembro quem, podem ser uns amigos hippies, podem ser uns caiçaras chamados para carregar malas, não lembro.
Eu usava minhas botas vermelhas do Pica-Pau. Iluminávamos o caminho com lanternas feitas com velas acesas dentro de latas de nescau. As pessoas cantavam. Eu dancei. Eu pisei em falso. Eu cai no rio. Minha mãe gritou para que meu pai pulasse, ele não entendeu, achou que fosse uma mala que tivesse caído. Depois de entender, ele pulou.
Eu tinha chegado no fundo, estava fazendo bolinhas com o nariz como tinha aprendido na aula de natação na escola.
Meu pai conseguiu me pegar, estávamos a salvo. Mas minhas botas foram levadas pela correnteza.
Tudo isso são histórias reconstruídas: lembro dos objetos porque faziam parte do meu cotidiano. Eu sei que aconteceram. Afetivamente, me lembro muito bem; sensorialmente, eu só lembro da cor delas. Estava de olhos fechados, naturalmente, mas enxergava uma cor, uma cor que eu vou saber para sempre. É um tom bem intermediário, vermelho, marrom, laranja, ocre, cobre, ferrugem, apenas brilhante, ao invés de opaca. É uma cor que arde.
Não sei se tenho traumas, no sentido simples da palavra. Nunca adquiri medo de água, nem de nadar, nem de rios, chuvas e etcetera.
Se me recusei durante a adolescência a ir à piscina do clube, era de mostrar meu corpo que eu tinha medo.
Mas eu me lembro de quão assustado eu estava. De quanto eu achei que ia morrer. Eu vi aquela cor.
Eu não tenho medo de morrer, eu tenho medo de me sentir como se sente quem vai morrer.
Talvez vocês sejam todos assim, talvez não.
Acho que nunca falei direito sobre isso.
Caí muito fundo.
Fiquei com a cabeça presa entre as pernas de uma mulher, que, assustada, se agitava e me prendia mais para baixo.
Com uns quatro, eu estava indo para o casebre que tínhamos na praia, no Sertaozinho, um loteamento pré-turístico que havia na praia de Camburi (que, naquele tempo, era incivilizada e praticamente deserta). Para chegarmos nele, precisávamos atravessar o rio por uma ponte improvisada com um tronco espesso.
A enxurrada levou o tronco.
Então pedimos para usar a ponte de tijolos da vizinha - meus pais não se davam bem com essa vizinha, por isso nunca pedíamos para usar a ponte. A ponte tinha uma porta, que trancava, para que outras pessoas não pudessem usar sem autorização.
Estava de noite, tinha mais gente conosco, não lembro quem, podem ser uns amigos hippies, podem ser uns caiçaras chamados para carregar malas, não lembro.
Eu usava minhas botas vermelhas do Pica-Pau. Iluminávamos o caminho com lanternas feitas com velas acesas dentro de latas de nescau. As pessoas cantavam. Eu dancei. Eu pisei em falso. Eu cai no rio. Minha mãe gritou para que meu pai pulasse, ele não entendeu, achou que fosse uma mala que tivesse caído. Depois de entender, ele pulou.
Eu tinha chegado no fundo, estava fazendo bolinhas com o nariz como tinha aprendido na aula de natação na escola.
Meu pai conseguiu me pegar, estávamos a salvo. Mas minhas botas foram levadas pela correnteza.
Tudo isso são histórias reconstruídas: lembro dos objetos porque faziam parte do meu cotidiano. Eu sei que aconteceram. Afetivamente, me lembro muito bem; sensorialmente, eu só lembro da cor delas. Estava de olhos fechados, naturalmente, mas enxergava uma cor, uma cor que eu vou saber para sempre. É um tom bem intermediário, vermelho, marrom, laranja, ocre, cobre, ferrugem, apenas brilhante, ao invés de opaca. É uma cor que arde.
Não sei se tenho traumas, no sentido simples da palavra. Nunca adquiri medo de água, nem de nadar, nem de rios, chuvas e etcetera.
Se me recusei durante a adolescência a ir à piscina do clube, era de mostrar meu corpo que eu tinha medo.
Mas eu me lembro de quão assustado eu estava. De quanto eu achei que ia morrer. Eu vi aquela cor.
Eu não tenho medo de morrer, eu tenho medo de me sentir como se sente quem vai morrer.
Talvez vocês sejam todos assim, talvez não.
Acho que nunca falei direito sobre isso.
lunedì, agosto 03, 2009
uma coisinha
Sempre que você pensar que ninguém nunca pode ter se sentido tão sozinho quanto você, neste ou naquele momento, lembre-se.
Para um recém nascido nada que esteja além dos seus sentidos existe, a efemeridade das coisas é tão grande quanto o alcance da vista é curto e, cada vez que ele é posto para dormir, torna-se o único ser humano em todo o universo.
Toda vez.
Para um recém nascido nada que esteja além dos seus sentidos existe, a efemeridade das coisas é tão grande quanto o alcance da vista é curto e, cada vez que ele é posto para dormir, torna-se o único ser humano em todo o universo.
Toda vez.
domenica, luglio 26, 2009
Parte Um
Fui apresentado à prática da individualidade meio tarde, com uns oito ou nove anos.
Na época, minha atividade preferida era "imaginar", que era o melhor nome que eu tinha para essa brincadeira.
Minha imaginação, no entanto, não independia do plano material como essa definida no dicionário. Muito menos usava os recursos comuns das brincadeiras de imaginário - desenhos, livros, bonecos, etc.
Para imaginar eu precisava de um (nunca dei um nome para esse objeto, nunca mesmo, mas para facilitar a vida de quem lê, chamemos-no de imaginador).
Um imaginador consiste de qualquer objeto disponível ao alcance das mãos, que possa ser movido (mesmo que arrancado) de seu local de origem, possua estrutura flexível, seja comprido e fino. Alguns exemplos de imaginadores incluem cabos e fios de aparelhos eletrônicos, talinhos altos de grama e mato, cordões e barbantes (embora esses geralmente fossem considerados moles demais).
O imaginador ideal teria entre 10 e 50 centímetros de comprimento, não mais que um centímetro de diâmetro e a consistência de um fio de cobre recoberto com capa de borracha.
Obtido o instrumento, começava a ação: eu me agachava próximo ao chão e sacodia o imaginador para lá e para cá, observando e ajustando seus volteios e ondulações. Enquanto isso, dava pequenos saltos e agitava meu corpo conforme o ritmo e a intensidade da imaginação obtida. Emitia barulhos com a boca, também, algo como um shwwhsshshs, para complementar o movimento.
Conforme fui crescendo meus pais se preocuparam e começaram a coibir a brincadeira. Pára de ficar ciscando no chão, menino! Vão achar que você é maluco! Tá com energia pra gastar vai jogar bola, vai correr na rua.
Foi assim que imaginar passou a ser o meu primeiro prazer proibido; muito antes da masturbação e das rebeldias, era o ato de imaginar aquilo que eu precisava fazer escondido.
Em ambientes novos, sempre era necessário pesquisar a disponibilidade de imaginadores em potencial. Se eu não os encontrasse a sensação de opressão era tamanha que eu fazia de tudo para ser levado embora. Nas viagens de escola, tinha medo de não ter momentos de privacidade onde pudesse imginar sem ser avistado pelos outros.
Foi assim que eu aprendi a às vezes me esconder, a exigir ter o meu tempo, a procurar me separar dos outros.
Mas eu nunca aprendi direito.
Na época, minha atividade preferida era "imaginar", que era o melhor nome que eu tinha para essa brincadeira.
Minha imaginação, no entanto, não independia do plano material como essa definida no dicionário. Muito menos usava os recursos comuns das brincadeiras de imaginário - desenhos, livros, bonecos, etc.
Para imaginar eu precisava de um (nunca dei um nome para esse objeto, nunca mesmo, mas para facilitar a vida de quem lê, chamemos-no de imaginador).
Um imaginador consiste de qualquer objeto disponível ao alcance das mãos, que possa ser movido (mesmo que arrancado) de seu local de origem, possua estrutura flexível, seja comprido e fino. Alguns exemplos de imaginadores incluem cabos e fios de aparelhos eletrônicos, talinhos altos de grama e mato, cordões e barbantes (embora esses geralmente fossem considerados moles demais).
O imaginador ideal teria entre 10 e 50 centímetros de comprimento, não mais que um centímetro de diâmetro e a consistência de um fio de cobre recoberto com capa de borracha.
Obtido o instrumento, começava a ação: eu me agachava próximo ao chão e sacodia o imaginador para lá e para cá, observando e ajustando seus volteios e ondulações. Enquanto isso, dava pequenos saltos e agitava meu corpo conforme o ritmo e a intensidade da imaginação obtida. Emitia barulhos com a boca, também, algo como um shwwhsshshs, para complementar o movimento.
Conforme fui crescendo meus pais se preocuparam e começaram a coibir a brincadeira. Pára de ficar ciscando no chão, menino! Vão achar que você é maluco! Tá com energia pra gastar vai jogar bola, vai correr na rua.
Foi assim que imaginar passou a ser o meu primeiro prazer proibido; muito antes da masturbação e das rebeldias, era o ato de imaginar aquilo que eu precisava fazer escondido.
Em ambientes novos, sempre era necessário pesquisar a disponibilidade de imaginadores em potencial. Se eu não os encontrasse a sensação de opressão era tamanha que eu fazia de tudo para ser levado embora. Nas viagens de escola, tinha medo de não ter momentos de privacidade onde pudesse imginar sem ser avistado pelos outros.
Foi assim que eu aprendi a às vezes me esconder, a exigir ter o meu tempo, a procurar me separar dos outros.
Mas eu nunca aprendi direito.
mercoledì, giugno 24, 2009
Técnicas de defesa para artchistas amargurados
1.
Médico diz: Você é roteirista de cinema?! Que legal, cara... eu passo por cada coisa no meu trabalho, sabia? Dizem que eu devia fazer um filme...
Roteirista de cinema amargurado diz: Sabe que eu sempre acerto quando alguém tem uma doença que ninguém sabe o que é? Acho que dia desses eu vou transplantar o fígado de alguém.¹
2.
Estagiária de criação em agência diz: Por que eu gosto de me manter antenado, sabe? De ter meus amigos de áreas criativas, gente que pensa em coisas novas, sabe?
Fotógrafo amargurado diz: É, eu penso em como capturar momentos únicos que passem por uma pequena imagem toda a vitalidade de uma cena inteira e você pensa em como me convencer a comprar shampoo com aroma de comida.
3.
Artista Plástico amargurado, hypado & vendido diz: ...e eu realmente acredito que meu trabalho convém muito com a proposta da curadoria pra Bienal do ano que vem, então...
Designer Gráfico mal informado diz: ...mas a bienal da ADG não é em ano ímpar?
4.
Leitor raso diz: Nossa, sou seu fã! Esse seu último livro é tão profundo, tão introspectivo, tão intimista.
Escritor amargurado diz:... então por que você não leva esse exemplar autografado e se joga numa fossa abissal agarradinho nele?
¹admitamos que isso é uma releitura de uma piada que alguém já fez, só não lembro de quem e de qual piada, acontece...
Médico diz: Você é roteirista de cinema?! Que legal, cara... eu passo por cada coisa no meu trabalho, sabia? Dizem que eu devia fazer um filme...
Roteirista de cinema amargurado diz: Sabe que eu sempre acerto quando alguém tem uma doença que ninguém sabe o que é? Acho que dia desses eu vou transplantar o fígado de alguém.¹
2.
Estagiária de criação em agência diz: Por que eu gosto de me manter antenado, sabe? De ter meus amigos de áreas criativas, gente que pensa em coisas novas, sabe?
Fotógrafo amargurado diz: É, eu penso em como capturar momentos únicos que passem por uma pequena imagem toda a vitalidade de uma cena inteira e você pensa em como me convencer a comprar shampoo com aroma de comida.
3.
Artista Plástico amargurado, hypado & vendido diz: ...e eu realmente acredito que meu trabalho convém muito com a proposta da curadoria pra Bienal do ano que vem, então...
Designer Gráfico mal informado diz: ...mas a bienal da ADG não é em ano ímpar?
4.
Leitor raso diz: Nossa, sou seu fã! Esse seu último livro é tão profundo, tão introspectivo, tão intimista.
Escritor amargurado diz:... então por que você não leva esse exemplar autografado e se joga numa fossa abissal agarradinho nele?
¹admitamos que isso é uma releitura de uma piada que alguém já fez, só não lembro de quem e de qual piada, acontece...
venerdì, giugno 19, 2009
"todo brasileiro é um apaixonado por carro"
Sabe, aquela coisa. Se um fulaninho que estuda, por exemplo, cinema, chega pra uma galerinha "dotada de senso crítico" e diz algo como Estudo cinema. Sou apaixonado por cinema. Leio tudo sobre filmes, vejo tudo que posso. Amo, amo, amo cinema! o pensamento mais generoso que ele vai despertar vai ser de pena. Algo como "Coitadinho, uma dessas almas ingênuas, deslumbrado, mas tem um bom coração. AH, MEUS ANOS DE JUVENTUDE".
Dentro da faculdade é pior. Imagine, quem estuda na ECA, por exemplo, vê aqueles bixos de cênicas, que amam o teatro, vêem no palco a metafísica da vida e pensa essa gente do teatro, daqui a pouco tá tudo esquecendo qual é a própria orientação sexual e chorando por causa de lei rouanet.
Aquela estudantezinha de letras, então, que chega e fala que a literatura é o que há de mais belo na humanidade - obviamente vai virar professora, isso se não estiver na faculdade esperando marido.
Agora, se a pessoa faz psicologia e diz "sou apaixonado por cinema", fulano é um mestrando de matemática que diz "a música é a minha vida, não vivo sem música!" e o maitre do restaurante puxa papo sobre como a arte - se referindo, obviamente, só à pintura e escultura - é... enfim.
As pessoas super toleram, né?
Só pra pensar...
Dentro da faculdade é pior. Imagine, quem estuda na ECA, por exemplo, vê aqueles bixos de cênicas, que amam o teatro, vêem no palco a metafísica da vida e pensa essa gente do teatro, daqui a pouco tá tudo esquecendo qual é a própria orientação sexual e chorando por causa de lei rouanet.
Aquela estudantezinha de letras, então, que chega e fala que a literatura é o que há de mais belo na humanidade - obviamente vai virar professora, isso se não estiver na faculdade esperando marido.
Agora, se a pessoa faz psicologia e diz "sou apaixonado por cinema", fulano é um mestrando de matemática que diz "a música é a minha vida, não vivo sem música!" e o maitre do restaurante puxa papo sobre como a arte - se referindo, obviamente, só à pintura e escultura - é... enfim.
As pessoas super toleram, né?
Só pra pensar...
martedì, febbraio 10, 2009
Tio Italo e o Big Bang
"(...)Fique bem claro que nunca me convenceu a teoria de que o universo, após atingir um extremo de rarefação, voltará a condensar-se, e que, portanto, iremos nos reencontrar naquele ponto único para depois recomeçarmos tudo de novo. E, no entanto, quantos dentre nós contam apenas com isso e continuam a fazer projetos para o dia em que estivermos todos novamente reunidos?(...)"
quando eu leio esse moço, gents, é como se eu pudesse realmente acreditar que um dia o universo esteve, todo junto, num só ponto. Sério.
quando eu leio esse moço, gents, é como se eu pudesse realmente acreditar que um dia o universo esteve, todo junto, num só ponto. Sério.
giovedì, gennaio 22, 2009
O Filho Pródigo
As pessoas todas por aqui, parece que me reconhecem, ficam contentes, dizem, sorriso aberto, Você voltou?!
Mal lembro delas, como lembro de rostos familiares no metrô.¹
Não sei bem quais seus nomes, espero que elas não saibam o meu.
Também não sei o que elas fazem, torço pra elas não terem entendido o que eu faço também.²
Eu não sei se eu voltei; seria bom se alguma delas soubesse e contasse...
======================UM RODAPÉ IMAGINÁRIO======================================
¹- A imagem fica mais bonita com metrô, mas na verdade deve ser trem ou ônibus, eu nunca pego metrô!
²- Eu entrei como redator, mas a gente tinha que dizer para a cliente, que tinha adorado o redator anterior (o Wolvie na coluna de blogs amigos ali do lado) que eu era revisor. Daí o cara do planejamento ficou descarregando as burocs que ele não queria resolver para mim. Fiz umas traduções, depois cobri um pouco as férias de um produtor/atendimento. Ah, eu não estudei publicidade, meu curso de audiovisual não é nem considerado "comunicação social" :)
Mal lembro delas, como lembro de rostos familiares no metrô.¹
Não sei bem quais seus nomes, espero que elas não saibam o meu.
Também não sei o que elas fazem, torço pra elas não terem entendido o que eu faço também.²
Eu não sei se eu voltei; seria bom se alguma delas soubesse e contasse...
======================UM RODAPÉ IMAGINÁRIO======================================
¹- A imagem fica mais bonita com metrô, mas na verdade deve ser trem ou ônibus, eu nunca pego metrô!
²- Eu entrei como redator, mas a gente tinha que dizer para a cliente, que tinha adorado o redator anterior (o Wolvie na coluna de blogs amigos ali do lado) que eu era revisor. Daí o cara do planejamento ficou descarregando as burocs que ele não queria resolver para mim. Fiz umas traduções, depois cobri um pouco as férias de um produtor/atendimento. Ah, eu não estudei publicidade, meu curso de audiovisual não é nem considerado "comunicação social" :)
lunedì, gennaio 12, 2009
O Bife e o Guardanapo
Tinha alguém aí no orkut com o about me dizendo
"Depois de ter comido o guardanapo, limpei a boca com o bife, olhei para o lado e vi um cego lendo um jornal religioso sem letras, que dizia: "Os quatro evangelistas são três: Esão e Jacu."
Achei familiar, mas não consegui de jeito maneira lembrar o que era. Botei só limpei a boca com o bife, no google pra ver se conseguia, né, um nome de autor ou coisa assim.
Nos resultados, cada um tem a sua própria história!
De manha , fui no banheiro almoçar, comi o guardanapo e limpei a boca com o bife . Fui la fora no jardim sem flores, e vi em uma mesa, um papel em branco que ...
... lavei carinhosamente os pés da mesa,depois senti um gosto estranho na boca, pois havia comido o guardanapo e limpei a boca com o bife. ...
Cheguei em casa e entrei pela porta da frente q eu mesmo construi atrás, almocei os guardanapos e limpei a boca com o bife. Cansado, subi para meu quarto no ...
Gente, "limpei a boca com o bife" é o novo "escandalizou a sociedade da época"?
"Depois de ter comido o guardanapo, limpei a boca com o bife, olhei para o lado e vi um cego lendo um jornal religioso sem letras, que dizia: "Os quatro evangelistas são três: Esão e Jacu."
Achei familiar, mas não consegui de jeito maneira lembrar o que era. Botei só limpei a boca com o bife, no google pra ver se conseguia, né, um nome de autor ou coisa assim.
Nos resultados, cada um tem a sua própria história!
De manha , fui no banheiro almoçar, comi o guardanapo e limpei a boca com o bife . Fui la fora no jardim sem flores, e vi em uma mesa, um papel em branco que ...
... lavei carinhosamente os pés da mesa,depois senti um gosto estranho na boca, pois havia comido o guardanapo e limpei a boca com o bife. ...
Cheguei em casa e entrei pela porta da frente q eu mesmo construi atrás, almocei os guardanapos e limpei a boca com o bife. Cansado, subi para meu quarto no ...
Gente, "limpei a boca com o bife" é o novo "escandalizou a sociedade da época"?
mercoledì, gennaio 07, 2009
elocubrações sobre fazer as coisas
Diz-se que a necessidade é a mãe da invenção. Que por exemplo, a maioria dos nativos da américa pré-colombiana não lia nem escrevia nem dobrava o ferro em fornos simplesmente porque aqui estava tudo muito bem, tinha comida por aí, até que tava todo mundo cabendo no mesmo barco, quem precisava de tudo aquilo?
Outra que se diz - e nessa eu gosto de acreditar porque pega bem nos círculos sociais que freqüento - é que o homem é mais criativo quando ocioso. Ou seja, que a Arte, a Filosofia, a Ciência (entendida aqui como a reflexão teórica da ciência, estimulada por dados de um monte de lab monkeys bem treinados) são o fruto de mentes livres das obrigações cotidianas. Todo bom sábio grego, afinal, tinha uma porção de escravos para fazer seu trabalho sujo por ele.
Hoje em dia, é cool, é cult, é maior legal mesmo, falar no fim do trabalho (até porque com essas crises econômicas não vai ter para ninguém mesmo), but the question is, are we ready?
Tem um problema com a disponibilidade de tempo que é, muitos de nós, de fato, não sabe usá-la. Tenho a vida toda pela frente... então eu faço alguma coisa depois disso, ok? Eu, pelo menos, passo a vida assim: ou cheio de idéias e por fazeres e reclamando "que nunca dá tempo de fazer as minhas coisas" ou, como tem ocorrido nas últimas três semanas, pensamentos a granel, mas parar para escrever para que?
A modernidade se repete em mim como o ponteiro de um relógio.
Sexta feira reinauguro Aquele País
Outra que se diz - e nessa eu gosto de acreditar porque pega bem nos círculos sociais que freqüento - é que o homem é mais criativo quando ocioso. Ou seja, que a Arte, a Filosofia, a Ciência (entendida aqui como a reflexão teórica da ciência, estimulada por dados de um monte de lab monkeys bem treinados) são o fruto de mentes livres das obrigações cotidianas. Todo bom sábio grego, afinal, tinha uma porção de escravos para fazer seu trabalho sujo por ele.
Hoje em dia, é cool, é cult, é maior legal mesmo, falar no fim do trabalho (até porque com essas crises econômicas não vai ter para ninguém mesmo), but the question is, are we ready?
Tem um problema com a disponibilidade de tempo que é, muitos de nós, de fato, não sabe usá-la. Tenho a vida toda pela frente... então eu faço alguma coisa depois disso, ok? Eu, pelo menos, passo a vida assim: ou cheio de idéias e por fazeres e reclamando "que nunca dá tempo de fazer as minhas coisas" ou, como tem ocorrido nas últimas três semanas, pensamentos a granel, mas parar para escrever para que?
A modernidade se repete em mim como o ponteiro de um relógio.
Sexta feira reinauguro Aquele País
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