martedì, aprile 27, 2004

Ave, Google, Morituri te Salutant

A mais poderosa instituição de nossa época, o google, acaba de mostrar mais uma vez que veio salvar aos mortais. Agora, além do melhor sistema de busca de sites e imagens, das melhores propagandas em blogs e do melhor nome para sites o gênero, eles me deram um e-mail com um gigabyte de espaço! É um poder além da conta.

venerdì, aprile 23, 2004

Kids got the Beat



Essas são The Go-Go's, a primeira grande banda Punk de meninas nos anos oitenta (quer dizer, someçaram em 78...), essenciais para o movimento New Wave e para as Riot Girls de agora. São influências claras para Le Tigre, Sleatter Kinney, The Donnas e etc. Elas já se chamaram The Misfits, mas não eram a única banda com esse nome. A banda favorita da adolescência de Lorelai Gilmore, hehehe.
A foto é o link pra uma matéira interessante sobre as moças e também sobre o Killing Joke (aquela banda que voltou agora com o David Growl).
O cara falou de um monte de músicas favoritas dele na matéria, mas eu fico com This Town, quem se interessar...

lunedì, aprile 19, 2004

Coincidência

A Thaís trouxe essa brincadeira, e o livro mais próximo era justo um dela, que esqueceu na minha mochila.

1. Pegue o livro mais próximo de você;
2. Abra o livro na página 23;
3. Ache a quinta frase;
4. Poste o texto em seu blog junto com estas instruções.

"Era justamente aonde eu queria chegar"

Bagana na Chuva, do Mário Bortolotto.

domenica, aprile 18, 2004

Sociedades Secretas

Viva a espionagem. Vivam as sociedades secretas, e as pessoas que planejam dominar o mundo. Adoro histórias de intrigas e segredos e manipulações, e tudo o mais. Femmes Fattales e aqueles sujeitos de filmes noir que andam de sobretudos para chuva e chapéus que parecem a sucuri do pequeno principe depois de comer um elefante.

E viva a modernidade, porque agora todos nós podemos nos meter nessas aventuras sem deixar o conforto do lar!

mercoledì, aprile 14, 2004

Ammaeli

Já me sinto com vinte anos. Sabe de uma coisa? Dezenove é uma mentira, eu nunca tive dezenove anos. Passei os oito primeiros meses dessa época achando que ainda tinha dezoito e os últimos quatro achando que já tinha vinte. Simplesmente pulei uma idade. Não me pareceu estimulante o suficiente.

Tem gente que não me deu presente. A essas pobres almas equivocadas, dedico:

As dez melhores razões para me dar presentes
10 - Você vai me ver sorrir e se sentir bem
9 - Você pode gastar seu dinheiro em algo construtivo ao invés de ve-lo todo se ir em pequenas bobagens que geram aquele sentimento de culpa
8 - Você vai ser responsável por um objeto em minha vida que vai fazer parte da minha história, e assim que o mundo reconhecer o quanto eu sou genial, isso te fará se sentir importante.
7 - Eu não compro coisas, então ninguém tem a menor chance de me dar algo que eu já tenha.
6 - Hoje é meu aniversário.
5 - Eu não ligo de receber presentes atrasados.
4 - Eu sou interesseiro e vou te tratar melhor por ter recebido um presente.
3 - Eu sou egoísta e não vou deixar ninguém que você não gosta pegar emprestado. E ainda vou fazer vontade só de birra.
2 - Eu não consigo desgostar de alguém que me trata bem. Presentes são um caminho direto até o meu coraçaozinho.
1 - Eu sou muito legal e mereço!

Últimas considerações:
Preciso de ajuda para esconder o banner do blogspot, para fazer meu perfil funcionar e para corrigir o fundo da página, que se recusa a ser o que eu escolho. E também para mudar a palavra comments por aqueles textinhos divertidos que variam de acordo com a quantidade deles. Quem se dispuser pode considerar que me deu presentes.

martedì, aprile 13, 2004

New Wave, New Blog

Tudo é new wave. Eu sou uma pessoa new wave. Ei, pessoas pixies, pixies é uma banda new wave.

E eu tenho um blogue novo, tenho sim, e ele vai ser bonito e está quase pronto e aberto a visitações.
Chega de dar meu endereço como ograndefodase.blig.ig.com.br.
agentelaranja no blogspot.
ié.

E tudo que era velho, não será perdio. Parece inclusive que o blogspot me deixa falsear a data e repostar tudo aqui um dia.

Sejam bem vindos.

lunedì, aprile 05, 2004

Sem Açúcar, Por Favor

Dia doze de junho, aqule lugar era tudo menos uma firma de contabilidade. As moças, orgulhosas, mostravam uma para as outras os presentes que os carinhosos namorados lhes deram. Esses, por sua vez, aproveitavam o romantismo do dia para comentar perto do bebedouro as diversas maneiras pelas quais cada uma delas sabia lhe agradar. A dona Gizela, uma dessas velhinhas simpáticas que deixam o cabelo arroxeado com rinsage, olhava meiga para a foto do falecido em sua escrivaninha. Todos que passavam davam lhe um beijo carinhoso nas bochechas, que eram retribuídos com sorriso, tudo muito cor-de-rosa. Pedro e Rique anunciaram o casamento, e chamaram todos os casais para a celebração à noite. Lina, a secretária, trocava sorrisos com seu marido, o faxineiro, enquanto acariciava a barriga de três meses. Os pombos que sujavam as janelas estavam excepcionalmente brancos e quase cantavam como canários.
Adalberto parecia ser a única pessoa preocupada com trabalho. Mas é um escritório de contabilidade, e é óbvio que ele não podia estar tão interessado assim. Ele estava fingindo que não existia, como sempre faz, até perceber que naquele dia não precisava fingir. O dia dos namorados é só para os namorados e quem não é um namorado é alguém só. Tentou esquecer isso com trabalho, mas não havia nada a fazer. Resolveu atualizar sua agenda, mas nem que conseguisse pesquisar os feriados nacionais do Djbouti teria o que por nela. O cheiro das flores espalhadas começou a ficar enjoativo, e a luz da sala era extremamente prejudicada pela grande quantidade de balões e objetos rosas e vermelhos. Adalberto era o último solteiro da face da terra.
Hora do almoço, ufa.
Comeu um sanduíche sozinho num banco de praça, olhou o bolso, juntou moedas. Comprou um maço de rosas de um ambulante; superfaturado pelo dia, lógico, mas mal se importou. Foi ter aquelas flores adalberto começou a gostar mais de si mesmo. Entrou numa perfumeria, surrupiou um batom do mostruário. No banheiro do bar na esquina, lambuzou a própria boca, tirou a camisa e beijou-a toda. Vestiu-se e lavou o rosto.
No elevador de volta ao trabalho, Paulo, o favorito do chefe, já puxou assunto. Dia dos namorados é o melhor, né? elas ficam todas apaixonadinhas... a sua é moderna, até flores, hein Adalberto?! Lá em cima, uma contadora, Luzia, perguntou quem era a felizarda. Célia. Dois meses agora, estavam bem felizes junto; o segredo foi mantido porque Adalberto não gosta de contar vantagem, mas ela é um mulherão - isso já foi quando os caras começaram a ouvir. Quando o universo já tinha encontrado o centro de sua expansão, o ponto onde ocorreu o big-bang em Adalberto e sua nova namorada, veio o grande teste. Pedro e Rique. convidaram os dois para a festa à noite (a mesma para a qual cinco minutos atrás ele não existia).
Poderia se assumir a farsa; poderia se usar o truque do queremos passar a noite à sós, mas ele estava cego pelo poder. Estaremos lá, ele disse, e ela vai adorar vocês. Lina melhorou as coisas; comentou como era legal eles não terem medo de expor o amor deles para estranhos, de se apresentar como casal, sem problemas com preconceitos. Adalberto gostava demais dos recém-descobertos holofotes. É claro que ela não vai ter preconceito, declarou, é um travesti.
Alguns segundos de silêncio e uns queixos no chão, Nélio, o office boy segurou um dos ombros de Adalberto e todo bonachão socou-lhe os braços, orgulhoso. Todos aplaudiram e o abraçaram.
E foi assim que Adalberto ganhou um prazo de seis horas para levar um travesti a uma festa como seu acompanhante.