martedì, agosto 23, 2005

Quem sabe contar e quem não sabe

Os cientistas (estudiosos em geral inclusos aqui) em sua arrogância, acreditam ser superiores ao resto da humanidade. Eternamente em laboratórios e bibliotecas, só conhecendo ambientes externos para pesquisas de meio, eles são apaixonados pelo conhecimento. Procuram, na dita ciência, soluçõs, sobrevivência, mas também um prazer que não parecem ser capazes de extrair do convívio humano.
Sobre eles, os artistas dirão que são tolos e frios. Artistas, uma segunda categoria de pessoas, acredita piamente que os cientistas são uns completos imbecis, entregues a uma racionalidade positivista aonde não há alegria e prazer. Reúnem-se em ateliês, teatros, cinemas e cafés, e se deixam iluminar uns pelos outros, por uma quantidade humanamente aceitável de referências bibliográficas e por algumas drogas. Depois saem por aí a criar. O sonho masoquista de cada um é, certamente, não ser compreendido no próprio tempo e morrer faminto, amaldiçoando a mediocridade de todos que os cercam.
É para evitar essa rixa que existem os políticos - não os deputados engravatados que respondem inquéritos na tevê, mas os trabalhadores e estudantes que organizam movimentos de protesto, sindicatos, uniões e todo esse tipo de coisa. Os políticos foram alertados de que pode haver um mundo lindo de ciência e arte, onde todos são livres para fazer isso. E o primeiro passo para chegar nesse mundo é tratar todos os cientistas e artistas como pessoas alienadas, que não entendem nada e precisam ser demovidas de suas atividades fúteis e descompromissadas para poderem fortalecer o movimento.
No que todos esses três tipos superiores de gente concordam é que o resto, cera de noventa porcento de nós, é, basicamente, gado burro e amável. Qualquer um deles vai dizer que é apaixonado pela humanidade, que procura criar tecnologias para que todos vivam melhor, beleza para que se deliciem, e uma sociedade justa e livre, para que todos exerçam seu totall potencial como pessoas. Mas é só você colocar um de frente com um homem ou mulher verdadeiros, tirados das ruas, que o intelectual progressivo vai se enojar com os hábitos, idéias e vontades absurdas desse macaco. "Tirem essa critaura daqui, por favor" ele vai dizer, "estou ocupado salvando o mundo."
Bando de imbecis.

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