paulalá diz:
lucas, obrigada por vc entender as coisas q eu digo, mesmo sem fazer mt sentido vc entende
paulalá diz:
paulalá diz:
eu acho que a vida real é que nem a gente
paulalá diz:
paulalá diz:
não sei pq a gente não é a vida real
Veja Lerda e Lenta, a tartaruga de duas cabeças diz:
haha, como eu não ia entender isso, foi a coisa mais sensata do mundo!
giovedì, novembre 29, 2007
venerdì, novembre 23, 2007
"Te Estoy Mirando"
Es que no te das cuenta
que te estoy mirando
que no puedo aguantar
la lluvia de tu llanto
Es que te estás perdiendo
la magia de este canto
sutiles armonías
que rompen los agravios
Yo que sufro tanto
que no tengo solución
y no creo en los milagros
Yo te estoy mirando
con la misma pasión
de todos estos años
Si yo te sufro pero también te gozo
Si yo te tengo pero luego te pierdo
Como tener una filososfia
Si el desierto es como el mar
Yo te sufro tanto... (coro)
Pero también te gozo, mamá
Yo te estoy mirando
Por el ojo de la aguja
Yo te estoy cachando
Cuando amanece, cuando anochece, sala
Yo te estoy mirando
Con la misma pasión de todos estos años
(se mantiene el coro: te estoy mirando...)
(hablando y riendo)
Llévame suave porque sino a donde voy a parar
No, si me pides el pescao. Ay Dios mio.
Entonces tu crees que yo pueda
jugar un poquito y luego...
Pero acaba ya chica que no soy de piedra
Autor de la letra y la música: Aris Garit
(obs: copiei de um papel impresso por uma pessoa que digita mal, não verifiquei se estava certo, não está, ortograficamente, isso eu sei.)
que te estoy mirando
que no puedo aguantar
la lluvia de tu llanto
Es que te estás perdiendo
la magia de este canto
sutiles armonías
que rompen los agravios
Yo que sufro tanto
que no tengo solución
y no creo en los milagros
Yo te estoy mirando
con la misma pasión
de todos estos años
Si yo te sufro pero también te gozo
Si yo te tengo pero luego te pierdo
Como tener una filososfia
Si el desierto es como el mar
Yo te sufro tanto... (coro)
Pero también te gozo, mamá
Yo te estoy mirando
Por el ojo de la aguja
Yo te estoy cachando
Cuando amanece, cuando anochece, sala
Yo te estoy mirando
Con la misma pasión de todos estos años
(se mantiene el coro: te estoy mirando...)
(hablando y riendo)
Llévame suave porque sino a donde voy a parar
No, si me pides el pescao. Ay Dios mio.
Entonces tu crees que yo pueda
jugar un poquito y luego...
Pero acaba ya chica que no soy de piedra
Autor de la letra y la música: Aris Garit
(obs: copiei de um papel impresso por uma pessoa que digita mal, não verifiquei se estava certo, não está, ortograficamente, isso eu sei.)
giovedì, novembre 22, 2007
Parece que tenho guardado meus dedos na geladeira; minhas mãos estão terrivelmente frias. Quando tento coçar minhas costas, tenho calafrios e não consigo. Tenho medo de tocar as pessoas, de acariciá-las e, ao invés de receber olhares ternos, ser repelido por tremores.
Minhas mãos agora são frias e eu serei aquele que usa luvas no verão.
Minhas mãos agora são frias e eu serei aquele que usa luvas no verão.
sabato, novembre 17, 2007
venerdì, novembre 16, 2007
martedì, novembre 13, 2007
martedì, novembre 06, 2007
Hog is where the heart is
Era uma vez três irmãos porquinhos que precisavam de corações para que seu sangue circulasse e suas bochechas corassem e eles pudessem sorrir.
O primeiro gostava muito das coisas cristalinas e transparentes. Ele queria um coração que filtrasse a luz como um prisma, que mostrasse força e leveza, que fosse sólido e puro e inatingível. Então ele fundiu a areia da praia, preencheu um molde e o lapidou, até que fez um coração de vidro, límpido e reluzente. Como era duro e pontiagudo, conseguiu enfiá-lo no seu peito como um punhal, e lá ele ficou.
Um dia o Lobo Mau veio do mato. Com seus olhos de lobo, ele viu a cicatriz no peito do porquinho e percebeu o que tinha ali. Disse "Dê-me esse coração, porquinho!". Mas o animalzinho era rígido e puro, bateu o pé e disse firmemente que não. Enfurecido, o Lobo alertou "Eu vou cantar e cantar e cantar e seu coração eu vou estilhaçar!". O porquinho riu-se dessa estranha ameaça, mas o Lobo, certo de si, sentou-se defronte a ele e começou a uivar, um uivo perfeito de soprano, umas notas tão agudas, um som tão intenso, que o coração de vidro do pobre porquinho se agitou tanto dentro daquelas entranhas, se bateu contra isso e contra aquilo e contra si mesmo e se partiu em mil pedacinhos, que voaram pelas veias e artérias e deixaram o porquinho morto, todo esburacado, sangrando ali no chão.
Para o segundo porquinho, nada era melhor do que as coisas flexíveis e macias. Procurou, para fazer seu coração, algo que pudesse se esticar e torcer e no fim voltasse sempre pra mesma forma, um coração espertinho que pudesse resistir a todas as brincadeiras. Rasgou a carne de uma árvore, colheu-lhe o sangue e moldou-se um diminuto coração de borracha. Como era muito mole e flexível, o coração pôde ser engolido pelo porquinho, que enfiou-o goela abaixo e ajeitou sua posição com exercícios de diafragma.
Depois de deixar o primeiro porquinho, o Lobo Mau sentiu-se solitário. Com o seu nariz de lobo, ele farejou a borracha e encontrou o irmão de sua vítima. Era muito esperto e sabia de onde vinha o cheiro; disse "Dê-me esse coração, porquinho". Mas esse segundo porquinho era malicioso e sabido, e fingiu que fosse dar sim, contando uma mentira aqui e outra ali, fazendo o Lobo esperar por horas a fio, sem nunca entregar seu coração. Finalmente, o Lobo Mau se cansou do jogo e gritou "Eu vou dançar e dançar e dançar e o seu coração eu vou arrancar". O porquinho ficou parado pasmo, sem entender nada.
Agilmente, o Lobo começou a dançar ao seu redor. Fazia piruetas, dava saltos, dançava balé e polca e samba, agitava todo o seu corpo de maneira que os olhos do porquinho tinham que rodopiar e rodopiar para acompanhá-lo. O coraçaozinho de borracha tentava seguir o movimento dos olhos, e foi se torcendo até virar um nó bem espremido. De súbito, o Lobo parou! Nisso, o nó se desfez com tanta força que aquela borracha torcida virou uma catapulta no interior do peito do porquinho, forçou-lhe todas as tripas para fora, pela boca. Caiu o segundo irmão morto, sobre uma poça de vômito e intestinos.
O irmão mais velho era o mais corajoso e forte dos três. Preferia um coração que fosse como ele, poderoso, radiante, temível e protetor ao mesmo tempo. Esfregou suas patas contra o peito, muito rápido, muitas vezes, com muita força. Primeiro só as dianteiras, depois, como não bastasse, usou também as traseiras, torceu-se inteiro, passou uma semana rolando pelo chão, até que todo aquele calor fez queimar em seu peito um coração perfeito, todo feito de fogo.
Lá longe, o Lobo Mau estava enfadado. Com seus ouvidos de lobo, ele ouviu o crepitar do coração do terceiro porquinho. Pôs suas pernas de lobo para correr rapidamente naquela direção, seu nariz de lobo para farejar a fumaça, sua boca de lobo salivava e salivava de apetite por aquele coração, até que seus olhos de lobo o avistaram. Era lindo, não havia nada no mundo que um Lobo Mau pudesse querer mais que o coração flamejante daquele porquinho. "Dê-me seu coração!", ele gritou, mas o porquinho apenas sorriu e disse "Você não merece." "Dê-me seu coração!", ele insistiu muitas vezes, mas não adiantava. O Lobo prostrou-se e parou para pensar um pouco. Finalmente, recuperou a confiança de sempre, ergueu-se sobre duas patas, ficou o mais alto que podia, e declarou, resoluto: "Eu vou te olhar e te olhar e te olhar, e teu coração eu irei conquistar". E fez apenas isso.
Era um olhar profundo que o porquinho não podia desviar; algo tão forte, tão desejoso, que ele precisava ficar ali, que ele precisava entregar seu coração. Mas não podia, imagine, sem seu coração ele morreria. Foi ai que o plano do Lobo começou a funcionar; aquele olhar era mais quente do que as patas do porquinho; mais do que rolar pelo chão por uma semana inteira; até do que a luz do sol. Era tanto que o fogo começou a crescer. O porquinho mais velho gritava de dor enquanto era consumido por seu próprio coração gigante de fogo.
Vitorioso, o Lobo esperava que agora bastaria parar de fitar e o fogo não mais cresceria. Mas, da mesma maneira que seus olhos eram hipnóticos, também o era a chama. Ele não poderia separar-se dela, nem deixar de alimentá-la, e o coração flamejante foi virando uma pequena estrela ali no meio da floresta. Queimou o Lobo, cremou os corpos mortos dos porquinhos e espalhou suas cinzas pelos ventos; consumiu as árvores, os animais e a grama; evaporou os rios e matou todos os peixes, e só parou de crescer quando não havia mais nada que pudesse incendiar. Finalmente, no meio do deserto chamuscado, a chama foi minguando, minguando, até que daquele imenso coração só restou uma brasinha. Que, delicadamente, pousou sobre o chão e depois de um, dois, três, três segundos e meio, se apagou.
O primeiro gostava muito das coisas cristalinas e transparentes. Ele queria um coração que filtrasse a luz como um prisma, que mostrasse força e leveza, que fosse sólido e puro e inatingível. Então ele fundiu a areia da praia, preencheu um molde e o lapidou, até que fez um coração de vidro, límpido e reluzente. Como era duro e pontiagudo, conseguiu enfiá-lo no seu peito como um punhal, e lá ele ficou.
Um dia o Lobo Mau veio do mato. Com seus olhos de lobo, ele viu a cicatriz no peito do porquinho e percebeu o que tinha ali. Disse "Dê-me esse coração, porquinho!". Mas o animalzinho era rígido e puro, bateu o pé e disse firmemente que não. Enfurecido, o Lobo alertou "Eu vou cantar e cantar e cantar e seu coração eu vou estilhaçar!". O porquinho riu-se dessa estranha ameaça, mas o Lobo, certo de si, sentou-se defronte a ele e começou a uivar, um uivo perfeito de soprano, umas notas tão agudas, um som tão intenso, que o coração de vidro do pobre porquinho se agitou tanto dentro daquelas entranhas, se bateu contra isso e contra aquilo e contra si mesmo e se partiu em mil pedacinhos, que voaram pelas veias e artérias e deixaram o porquinho morto, todo esburacado, sangrando ali no chão.
Para o segundo porquinho, nada era melhor do que as coisas flexíveis e macias. Procurou, para fazer seu coração, algo que pudesse se esticar e torcer e no fim voltasse sempre pra mesma forma, um coração espertinho que pudesse resistir a todas as brincadeiras. Rasgou a carne de uma árvore, colheu-lhe o sangue e moldou-se um diminuto coração de borracha. Como era muito mole e flexível, o coração pôde ser engolido pelo porquinho, que enfiou-o goela abaixo e ajeitou sua posição com exercícios de diafragma.
Depois de deixar o primeiro porquinho, o Lobo Mau sentiu-se solitário. Com o seu nariz de lobo, ele farejou a borracha e encontrou o irmão de sua vítima. Era muito esperto e sabia de onde vinha o cheiro; disse "Dê-me esse coração, porquinho". Mas esse segundo porquinho era malicioso e sabido, e fingiu que fosse dar sim, contando uma mentira aqui e outra ali, fazendo o Lobo esperar por horas a fio, sem nunca entregar seu coração. Finalmente, o Lobo Mau se cansou do jogo e gritou "Eu vou dançar e dançar e dançar e o seu coração eu vou arrancar". O porquinho ficou parado pasmo, sem entender nada.
Agilmente, o Lobo começou a dançar ao seu redor. Fazia piruetas, dava saltos, dançava balé e polca e samba, agitava todo o seu corpo de maneira que os olhos do porquinho tinham que rodopiar e rodopiar para acompanhá-lo. O coraçaozinho de borracha tentava seguir o movimento dos olhos, e foi se torcendo até virar um nó bem espremido. De súbito, o Lobo parou! Nisso, o nó se desfez com tanta força que aquela borracha torcida virou uma catapulta no interior do peito do porquinho, forçou-lhe todas as tripas para fora, pela boca. Caiu o segundo irmão morto, sobre uma poça de vômito e intestinos.
O irmão mais velho era o mais corajoso e forte dos três. Preferia um coração que fosse como ele, poderoso, radiante, temível e protetor ao mesmo tempo. Esfregou suas patas contra o peito, muito rápido, muitas vezes, com muita força. Primeiro só as dianteiras, depois, como não bastasse, usou também as traseiras, torceu-se inteiro, passou uma semana rolando pelo chão, até que todo aquele calor fez queimar em seu peito um coração perfeito, todo feito de fogo.
Lá longe, o Lobo Mau estava enfadado. Com seus ouvidos de lobo, ele ouviu o crepitar do coração do terceiro porquinho. Pôs suas pernas de lobo para correr rapidamente naquela direção, seu nariz de lobo para farejar a fumaça, sua boca de lobo salivava e salivava de apetite por aquele coração, até que seus olhos de lobo o avistaram. Era lindo, não havia nada no mundo que um Lobo Mau pudesse querer mais que o coração flamejante daquele porquinho. "Dê-me seu coração!", ele gritou, mas o porquinho apenas sorriu e disse "Você não merece." "Dê-me seu coração!", ele insistiu muitas vezes, mas não adiantava. O Lobo prostrou-se e parou para pensar um pouco. Finalmente, recuperou a confiança de sempre, ergueu-se sobre duas patas, ficou o mais alto que podia, e declarou, resoluto: "Eu vou te olhar e te olhar e te olhar, e teu coração eu irei conquistar". E fez apenas isso.
Era um olhar profundo que o porquinho não podia desviar; algo tão forte, tão desejoso, que ele precisava ficar ali, que ele precisava entregar seu coração. Mas não podia, imagine, sem seu coração ele morreria. Foi ai que o plano do Lobo começou a funcionar; aquele olhar era mais quente do que as patas do porquinho; mais do que rolar pelo chão por uma semana inteira; até do que a luz do sol. Era tanto que o fogo começou a crescer. O porquinho mais velho gritava de dor enquanto era consumido por seu próprio coração gigante de fogo.
Vitorioso, o Lobo esperava que agora bastaria parar de fitar e o fogo não mais cresceria. Mas, da mesma maneira que seus olhos eram hipnóticos, também o era a chama. Ele não poderia separar-se dela, nem deixar de alimentá-la, e o coração flamejante foi virando uma pequena estrela ali no meio da floresta. Queimou o Lobo, cremou os corpos mortos dos porquinhos e espalhou suas cinzas pelos ventos; consumiu as árvores, os animais e a grama; evaporou os rios e matou todos os peixes, e só parou de crescer quando não havia mais nada que pudesse incendiar. Finalmente, no meio do deserto chamuscado, a chama foi minguando, minguando, até que daquele imenso coração só restou uma brasinha. Que, delicadamente, pousou sobre o chão e depois de um, dois, três, três segundos e meio, se apagou.
Iscriviti a:
Post (Atom)