martedì, aprile 19, 2005

Constatação pedante sobre os olhos

Eu achava que a coisa mais bonita que poderia haver em olhos era a denotação de bondade. A cor amendoada que tem os olhos de gente simples, o brilho infantil da ingenuidade, os globos arredondados que nunca mentem. Mas outro dia descobri um par de olhos mais bonito. Estreitos que podiam cortar tudo que viam como uma faca. Tão fechados, na verdade, que era impossível ve-los sem ser visto. A cor era verde, ou azul, quase invisível, de tão clara e pequena. Tudo nesses olhos é ambíguo e de pouquíssima confiança. A coisa mais bela que já percebi em olhos foi, sem dúvida, a maldade.

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