domenica, marzo 27, 2005

Não importa que não tenha ninguém na rua e que os carros e ônibus não circulem. A cidade pode estar toda parada, os bares não funcionarem, e cada porta e janela fechada, com o mundinho que há dentro delas totalmente apagado de mim. Hoje sou só eu e a noite e fico muito bem assim. O gosto do vento e da umidade, a companhia que as sombras me fazem. Como amigos numa música brega, eu e a lua trocamos as mais estúpidas confissões, com risadinhas e vergonha. O sereno me massageia, me promete o conforto de um colo gélido; e os edifícios, abandonados, uivam com o vento uma canção que é só para mim. Porque a noite são meus novos melhores amigos, e embora eu vá precisar dos velhos de dia (e mesmo nas outras noites que não serão essa), até as seis e quinze tenho tudo o que preciso.

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