lunedì, dicembre 15, 2008

"(...)o poema é o meu rosto, que não vejo, e que existe porque me
olhas, o poema é o teu rosto, eu, eu não sei escrever a
palavra poema, eu, só sei escrever o seu sentido"


José Luís Peixoto, em A criança em ruínas, conforme citado pela Julia

Sabem, gente,
O amor próprio logo se torna impróprio.
Autosuficiência de cu é rola, e tem pouquíssima gente que consegue encaixar os seus dois próprios.

O resto de nós precisa dos outros. Precisa ser precisado pelos outros num processo que se chama amor.

NÃO estou falando que você precisa casar para ser feliz, estou falando de Hamor com agá minúsculo, estou falando do outro, da humanidade, da vida lá fora.

O amante precisa de um par, o bon vivant precisa de amigos, o artista precisa do apreciador. É por pessoas assim que a gente faz as coisas, que a gente aguenta tudo, que a gente não come tudo o que quer, não diz tudo o que pensa de uma vez, não entrega tudo o que tem; para continuar vivo e saudável e poder fazer mais, pelos outros.

Ultimamente tenho andado por essa cidade e visto a humanidade por aí...
fazer as coisas por essa gente? Por essa gentinha?

Quero descer.

6 commenti:

  1. é uma questao de finalidade, lucas lui. só nao desenvolvo porque hoje estou de ressaca, fazendo parte do grupo de pessoas sem finalidade alguma.

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  2. gentinha... não te incomoda o ódio mútuo? a certeza de que a gente só se odeia porque de qualquer forma todo mundo odeia a gente?

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  3. ha! ódio bacteriano... sabia que eu ia passar pra vc.

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  4. quando gente não dá
    mergulha no mar

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