giovedì, febbraio 22, 2007

" (...) Quando isso aconteceu, Orlando deu um suspiro de alívio, acendeu um cigarro e soprou em silêncio um ou dois minutos. Depois, chamou hesitante, como se a pessoa que procurasse pudesse não estar ali: "Orlando?" Pois se há (por acaso) 76 tempos diferentes, todos pulsando simultaneamente na cabeça, quantas pessoas diferentes não haverá - valha-nos o céu - , todas morando, num tempo ou noutro, no espírito humano? Alguns dizem que 2052. De modo que é a coisa mais natural do mundo uma pessoa chamar, logo que fique sozinha, "Orlando?" (se esse é o seu nome), querendo com isso dizer "Vem, vem! Estou mortalmente cansada deste eu. Preciso de outro". (Orlando, Virginia Wolf, como citado pela Inaê)

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