venerdì, febbraio 17, 2006
martedì, febbraio 07, 2006
giovedì, febbraio 02, 2006
(Da terceira vez sempre dá certo)
(isso é um capítulo três feito com muito retardo por coisas mil. Esse lance não tem sido um grande sucesso mesmo, e retomar a idéia depois de tanto tempo só piora. Criação de expectativa e todo o mais, sei lá. Mas eu preciso levar isso a um fim. E ainda não chegou. Um, dois e três!)
Um mapa abandonado por um oráculo de rua comendo banana certamente não tem uma rosa dos ventos indicando o norte, uma escala, latitudes e longitudes. Parece muito mais com um esboço infantil de mapa da ilha do tesouro, dotado de uma simbologia pouco compreensível e de instruções herméticas que devem ser seguidas à risca. Várias vezes eu de alguma forma desobedecia uma dessas instruções, e a seqüencia de eventos a partir daí acabava por me levar de volta ao ponto de partida. Só pelo fim do dia consegui acertar todo o rumo.
Para prosseguir viagem, precisei primeiro subir ao topo do edifício mais alto e olhar toda cidade; desci e peguei carona no pára-choque do sétimo caminhão a passar pela minha frente. Saltei ao passar pelo primeiro acidente de trânsito, segunda rua à esquerda, vai ter um ponto de taxi. Lá, esperei os exatos trinta e três minutos até que aparecesse um motorista caolho, e então pedi (conforme o indicado):
- Me leve lá.
Fiquei um tempo em silêncio, olhando aquele homem estranho, com seu carro em franca decomposição, pensando no absurdo que eu havia acabado de dizer. Depois de me torturar bastante com minha própria ansiedade, ele sorriu e pediu que subisse no carro. Tentei explicar que eu não tinha dinheiro, mandou eu não me preocupar, a viagem era por conta. Dentro do carro, me senti magicamente calmo, e completamente desprovido da vontade de prestar atenção no caminho para a tal casa dos macacos. Apesar do constante barulho de peças de metal caindo do taxi contra o asfalto numa velocidade consideravelmente incoerente com a potência assumida daquele veículo, eu havia adquirido a certeza de que ia chegar, e isso me bastava.
Paramos num quarteirão expressionista. Saltei do táxi e agradeci. O motorista caolho acenou e partiu, eu vi ao longe o escapamento do carro caindo no chão. A porta do prédio estava trancada com correntes espessas e vários cadeados. Toquei uma campainha, uma voz no interfone me perguntou quem eu era, respondi sem dar detalhes. O sujeito me contou que seria necessário arrombar o cadeado. Me disse para proteger a cabeça. Vi algum objeto grande caindo da janela da rua, embrulhado em um monte de pano preto. Desenrolei o pacote e encontrei uma metralhadora daquelas típicas dos anos trinta, que aparecem em filmes de gângster, inteira nova, bem conservada e carregada. Empunhei a arma e disparei uma rajada contra as correntes que trancavam a entrada; não que eu saiba atirar, mas a metralhadora parecia ter vida própria e ser capaz de uma precisão incrível. Porta aberta, me deparo com enormes escadarias de madeira. O interfone me avisa de que posso subir.
Um mapa abandonado por um oráculo de rua comendo banana certamente não tem uma rosa dos ventos indicando o norte, uma escala, latitudes e longitudes. Parece muito mais com um esboço infantil de mapa da ilha do tesouro, dotado de uma simbologia pouco compreensível e de instruções herméticas que devem ser seguidas à risca. Várias vezes eu de alguma forma desobedecia uma dessas instruções, e a seqüencia de eventos a partir daí acabava por me levar de volta ao ponto de partida. Só pelo fim do dia consegui acertar todo o rumo.
Para prosseguir viagem, precisei primeiro subir ao topo do edifício mais alto e olhar toda cidade; desci e peguei carona no pára-choque do sétimo caminhão a passar pela minha frente. Saltei ao passar pelo primeiro acidente de trânsito, segunda rua à esquerda, vai ter um ponto de taxi. Lá, esperei os exatos trinta e três minutos até que aparecesse um motorista caolho, e então pedi (conforme o indicado):
- Me leve lá.
Fiquei um tempo em silêncio, olhando aquele homem estranho, com seu carro em franca decomposição, pensando no absurdo que eu havia acabado de dizer. Depois de me torturar bastante com minha própria ansiedade, ele sorriu e pediu que subisse no carro. Tentei explicar que eu não tinha dinheiro, mandou eu não me preocupar, a viagem era por conta. Dentro do carro, me senti magicamente calmo, e completamente desprovido da vontade de prestar atenção no caminho para a tal casa dos macacos. Apesar do constante barulho de peças de metal caindo do taxi contra o asfalto numa velocidade consideravelmente incoerente com a potência assumida daquele veículo, eu havia adquirido a certeza de que ia chegar, e isso me bastava.
Paramos num quarteirão expressionista. Saltei do táxi e agradeci. O motorista caolho acenou e partiu, eu vi ao longe o escapamento do carro caindo no chão. A porta do prédio estava trancada com correntes espessas e vários cadeados. Toquei uma campainha, uma voz no interfone me perguntou quem eu era, respondi sem dar detalhes. O sujeito me contou que seria necessário arrombar o cadeado. Me disse para proteger a cabeça. Vi algum objeto grande caindo da janela da rua, embrulhado em um monte de pano preto. Desenrolei o pacote e encontrei uma metralhadora daquelas típicas dos anos trinta, que aparecem em filmes de gângster, inteira nova, bem conservada e carregada. Empunhei a arma e disparei uma rajada contra as correntes que trancavam a entrada; não que eu saiba atirar, mas a metralhadora parecia ter vida própria e ser capaz de uma precisão incrível. Porta aberta, me deparo com enormes escadarias de madeira. O interfone me avisa de que posso subir.
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