martedì, febbraio 15, 2005

boom boom in the zoom zoom room

(O título é uma mentira. É só um nome engraçado de uma música que é uma belezinha... meio jazz sexy de cabaret depois da new wave. Tentem ouvir por aí. o título verdadeiro se encontra aí em baixo, em negrito. E por meio brega, entendam totalmente. E foda-se o excesso de metáforas fechadas, eu quiz.)

The Summer of Love ou Vontade meio brega de entender um pouco esse mundo assustador

E ficamos sabendo que cerca de metade de nós tinha de morrer em breve; não importava quem, contanto que estivessem mortos. Portanto nos coube decidir. Subimos, então, ao alto da torre mais alta, no topo do mundo, onde pudemos ver todas as coisas bonitas que há. Demos as mãos em roda, e embalados pelo ritmo frenético dessa beleza excessiva, começamos a dançar. A dança durou por um mês ou dois, mas o tempo objetivo diz que foi uma eternidade, uma vez que absortos no ritmo, perdemos qualquer contato com nossas memórias, com a realidade. Depois de uma aceleração infinita, eis que metade do grupo foi atirado da roda, com força tão grande que quebrou as grades da torre. Todos aqueles que foram arremessados caíram no mundo lá em baixo e a lei da gravidade os fez ser destruídos pelo próprio peso. Foi um choque. Ninguém esperava isso, porque os outros perderam a memória. Eu revelei as que guardei, de quando planejamos nosso sacrifício, e me chamaram de assassino. Estão furiosos. E nem podem ver os fantasmas de nossos amigos que se elevam mais rápidos do que cairam, para o alto acima da torre, ver mais do que vimos. Porque a eles está reservado também o prazer da beleza que não há.

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