martedì, febbraio 27, 2007

Be-in

A única coisa que não me sinto é solitário.
E com isso, quero deixar claro que me sinto todo o resto.

giovedì, febbraio 22, 2007

" (...) Quando isso aconteceu, Orlando deu um suspiro de alívio, acendeu um cigarro e soprou em silêncio um ou dois minutos. Depois, chamou hesitante, como se a pessoa que procurasse pudesse não estar ali: "Orlando?" Pois se há (por acaso) 76 tempos diferentes, todos pulsando simultaneamente na cabeça, quantas pessoas diferentes não haverá - valha-nos o céu - , todas morando, num tempo ou noutro, no espírito humano? Alguns dizem que 2052. De modo que é a coisa mais natural do mundo uma pessoa chamar, logo que fique sozinha, "Orlando?" (se esse é o seu nome), querendo com isso dizer "Vem, vem! Estou mortalmente cansada deste eu. Preciso de outro". (Orlando, Virginia Wolf, como citado pela Inaê)

domenica, febbraio 11, 2007

"Você" é só mais um eufemismo ineficaz para "eu".

Mesmo sabendo que vai chover, eu resolvi deixar as coisas ali. Não quero que elas se molhem, mas o mundo não é acontecer apenas o que quero. A ilusão de potência que vem quando a gente faz alguma coisa me constrange; prefiro não fazer nada e não cair no engodo.

É que tenho tido muito tempo para ser ninguém e nenhum para ser eu ultimamente, daí que a gente precisa dizer essas coisas horríveis pra ver se sente alguma coisa.

martedì, febbraio 06, 2007

Where is your love, oh don't you give me your love

O ser humano é indigno do amor. Jamais ame alguém. Só as crianças são puras e só os cadáveres são sábios. Pois é isso. Necrofilia e pedofilia: as únicas formas de amor válidas no século XXI.