giovedì, agosto 21, 2008

Sabe, essa história toda de trens é muito bizarra. Tem os barulhos típicos, e os problemas de filme americano (se um trem sai de...). Tem toda aquela gente que a gente prefere acreditar que não tem uma vida inteira, que nem a nossa, mas só aquilo que a gente pode decidir ali com nosso olhar.
Todas aquelas pessoas ali no trem também não sabem nada da gente. O quanto podemos ser especiais.
Os trens tem muitas estações, a maioria é meio feia.
Ontem eu tava na plataforma fedorenta da hebraica rebouças, olhando praquele rio nojento e tinha um pardalzinho parado na borda da plataforma. Ele era tão pequeninho praquele vão todo, para aqueles trilhos todos, parecia que ele ia morrer. Me deu um nó, um aperto, uma dó do pardalzinho. Eu tinha esquecido que ele podia voar. Ele, não. E lá se foi...

mercoledì, agosto 20, 2008

Nota do autor para si mesmo

Nem Vreska nem ninguém dedicará qualquer pensamento aos recebedores de seu dote. A subtração não será um ato de amor.



(1 - esse blog é a partir de agora sobre o processo

2 - o resultado divulgo depois em algum lugar)

martedì, agosto 19, 2008

Notas

Lá estava eu lendo "Werther" e não me importando muito, eis que encontro uma nota do tradutor:


Poupe-se o leitor ao trabalho de procurar os lugares constantes dêste livro, pois foi necessário substituir os verdadeiros nomes que se encontravam no original.


Pude rapidamente notar que:

1-)A tradução não deve lá ser muito boa;

2-)Essa edição está pelo menos uma reforma ortográfica atrasada;

3-)A nota do tradutor foi a coisa mais interessante que li agora no livro, isso sim é literarura...

lunedì, agosto 11, 2008

Ganymede

Júpiter tem sido meu sol há anos. A terra já morreu. Venha comigo, vamos para Ganimedes.
O que eu queria mesmo fazer agora é falta.

giovedì, agosto 07, 2008

Que me sobra ímpeto e me falta parnasianismo, todo o mundo já sabe. Mas existe essa mítica, esse totem a quem preciso encontrar, chamado de "produção regular". É preciso muita coragem para, dia após dia, ter o que dizer. Mesmo nas mesas, fico calado. O olhar está desacostumado; sem vivacidade; o mundo aí cheio de assuntos na nossa frente, e eu não vejo nenhum.

(Por isso que aqui a poeira ajunta)